Quem sou eu?


 
Sou uma noite estrelada,
um vulcão prestes a entrar em erupção,
Um pedaço de dor, uma ferida.
Uma chegada, outra partida.
Sou fogo, sou ar, Paixão.
Sou poema inacabado,
Sou de dizer e não mandar recado.
Olho nos olhos, encaro a questão
Sou estilhaço dos estragos da vida.
Sou fera, ferida.
Sou a esperança do novo amanhecer,
Não sou nada, ainda vou ser.
Sou minhas feridas abertas e expostas, escancaradas.
Sou meus sorrisos doces e gargalhadas altas com os amigos.
Sou sua salvação, sou seu castigo!
Sou sua perdição.
Sou dona do sim,
Sou dona do não.
Sou muitas em uma só,
Sou desatadora de nó.
Desculpe não poder responder,
Assim com exatidão.
É que sou inconstante
Sou pura Paixão.
Sou vento que sopra ao longe,
Sou furação que deixa estragos na estrada.
Sou brisa leve, que faz o carinho,
E a tempestade que traz o trovão.
Resumindo sou as forças da natureza
Trago doçura e delicadeza,
Não trago nenhuma verdade, só incertezas.

Ana Paixão

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