Foi lindo ver o seu desabrochar. Parecia que nada estava
acontecendo. Não era nítido a olhos nus. Porém, se na superfície não se via
nada, nas profundezas...quanta beleza! É que a transformação não é algo assim
que se possa desvendar em um único olhar ligeiro. É necessário demorar um pouco
mais, ter mais calma e ver com os olhos da alma. Havia ali uma ebulição de
sentimentos e descobertas, mas, com pressa e sem jeito não é possível perceber.
Tal como uma flor que nasce em meio as pedras, lutou para sobreviver as
dificuldades, mas, quando entendeu que havia vencido o tempo, o vento e o
sol...nesse dia soube que poderia vencer qualquer coisa, até mesmo seus próprios
medos. Foi lá e fez o que precisava: olhou para o alto e deixou o sol banhar
seu rosto, com a esperança de quem acredita no amanhã.
Ana Paixão, no desabrochar da vida.
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