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Todos nós queremos pertencer, fazer parte, ser amados. Nossa
alma procura ser preenchida a todo custo, ainda que da forma errada, ela
procura por amor.
Diversas fontes de prazer exteriores são reflexo dessa
necessidade interior. Muitas pessoas acreditam que irão encontrar aquilo que as
preenche no álcool, nas drogas, no excesso de trabalho ou no apego exagerado as
coisas e pessoas.
Buscamos desesperadamente o amor. Acreditamos que ele virá do
reconhecimento externo ou do amor do outro. Ledo engano acreditar ser possível
preencher o vazio interior com tudo isso.
O trabalho nunca irá suprir a necessidade do ser em conhecer
a si mesmo. Saber as motivações de sua alma é o caminho para encher esse vazio
que o tormenta.
Até que saibamos a direção correta para a satisfação,
percorreremos inúmeros caminhos falsos. Em certos momentos podemos direcionar
essa (in) satisfação para a busca amorosa, colocando uma carga sobremaneira
pesada no companheiro (a).
Outras vezes achamos no dinheiro ou na realização material ou
profissional a fuga perfeita para deixar de olhar para dentro. Porém, fuga é
sempre fuga.
A busca interior somente irá ser satisfeita quando o caminho
a ser percorrido levar em direção a si mesmo, bem lá no fundo do que se é de
verdade.
Acontece que muitas vezes se quer sabemos o que é verdade para
nós. São tantas máscaras acumuladas ao longo do tempo que fica difícil identificar
o que é nosso, o que pertence ao meio social, o que faz parte de nosso sistema
familiar, etc..
O mais curioso disso tudo é o fato de sermos o conjunto de
todas essas coisas, porém, existe algo só nosso: nossa alma, nossa verdadeira essência.
As escolas tradicionais não ensinam a buscarmos a satisfação
da alma. Aprendemos línguas, matemática, química e biologia, mas quem nos
ensina a escutar o coração? Qual local nos
mostra como sermos leais a nossa missão de vida, aos nossos valores internos?
Se pudéssemos desde cedo seguir nossa verdadeira essência,
quão diferentes seriam nossas vidas?
O interessante é que a partir do momento da tomada de consciência
da existência de algo mais, tudo passa a ter um novo sentindo e a busca passa a
ser em direção do verdadeiro SER que habita em nós.
Essa jornada de autoconhecimento é exclusivamente individual.
Podemos achar ajuda externa para encontrar uma resposta, porém, ainda que
tenhamos algumas ferramentas que nos ajudem com tudo isso, o trabalho é nosso. Só
nosso.
É por esse motivo que a solidão parece aflorar no momento da
busca. A alma, por mais acompanhada que esteja, é sozinha. Sua evolução e
crescimento são individuais.
O belo nisso tudo é que podemos ter ajuda de pessoas que em
sua individualidade estão juntas para o autoconhecimento.
É como se fosse uma excursão para um lugar muito bonito,
todos nos unimos, caminhamos juntos o trajeto, porém, ao chegar ao destino cada
um terá uma percepção da paisagem.
O trajeto percorrido faz parte da beleza e deve ser
respeitado o ritmo de cada um para chegar ao destino final do autoconhecimento.
Nossa sociedade atual não nos deixa muitas opções para
acolhermos esses pensamentos de auto busca pelo conhecimento da alma, é por
isso que no exato momento em que tomamos conhecimento de que alguma coisa não
está bem somos taxados de loucos, insanos, imprudentes e até egoístas.
A realidade é que ninguém é obrigado a entender nossas
necessidades interiores, até mesmo porque nós mesmos estamos aprendendo a
compreender quem somos no inicio dessa jornada pela busca interna. Querer cobrar
do outro que entenda algo que nós mesmos não entendemos é cruel e irracional.
Sempre que nos depararmos com alguma dificuldade nessa busca devemos
parar alguns instantes e tentar nos conectar com o silêncio, acolhendo cada
pensamento, da maneira que ele vier, sem lutar contra eles.
Só é possível ouvir o interior quando há silêncio.
Desejo que tenha uma boa busca!
Namastê!
Ana Paixão, em busca por algo mais.
07/01/2018
14:12:56
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